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Nossa Senhora Aparecida (1)

Devoção à Nossa Senhora Aparecida – 12 de outubro

Devoção à Nossa Senhora Aparecida

A história de Nossa Senhora Aparecida começa com o que era para ser apenas mais uma pesca, mas que tornou-se um momento inesquecível.

O encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida aconteceu no ano de 1717. Na época, o governante das Capitanias Hereditárias de São Paulo passava pelo Vale do Paraíba, mais precisamente na cidade de Guaratinguetá. Os moradores decidiram realizar uma festa de boas-vindas aos visitantes e os três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, foram para o Rio Paraíba do Sul lançar suas redes de pesca.

Em meados de outubro, não era um período muito favorável para pesca, mas como precisavam pescar, os pescadores rezaram pela proteção e bênção de Virgem Maria, pedindo para que conseguissem bons resultados e muitos peixes.

Foram muitas tentativas e pouco sucesso, depois de um tempo, quase desistindo, lançaram mais uma vez a rede no Porto Itaguaçu e pescaram o corpo de uma imagem. Sem entender e também curiosos, lançaram novamente as redes e dessa vez capturaram uma cabeça que encaixava perfeitamente no corpo. Após este acontecimento, o barco começou a se encher de peixes, que pulavam de todas as direções.

Depois deste marcante momento, a devoção pela Santa encontrada nas águas do Rio Paraíba do Sul começou a se espalhar pela região. De casa em casa, depois com a construção de uma capela, que deu origem a uma basílica e depois se tornou um dos maiores santuários de devoção mariana do mundo, o Santuário Nacional de Aparecida, localizado na cidade de Aparecida, no interior do Estado de São Paulo.

Padroeira no Brasil

Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada como Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal em 16 de julho de 1930, por decreto do Papa Pio XI. A imagem já havia sido coroada anteriormente, em nome do Papa Pio X, por decreto da Santa Sé, em 1904.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), em 2012, sendo considerada como patrimônio do Estado de São Paulo.

Dia de devoção à Nossa Senhora – 12 de outubro

Pela Lei nº 6 802, de 30 de junho de 1980, foi decretado oficialmente como feriado o dia 12 de outubro, dedicando-se este dia à devoção. Também nesta lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida

A imagem encontrada nas águas do Rio Paraíba em 1717 tem aproximadamente quarenta centímetros de altura e é de terracota, ou seja, argila que após modelada foi cozida num forno apropriado.

Quando Nossa Senhora Aparecida foi encontrada pelos pescadores, ela estava sem a policromia original, devido ao longo tempo que esteve submersa no rio. A cor de canela apresentada atualmente deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas por seus devotos. A argila utilizada para a confecção da imagem veio da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.

De acordo com a historiadora Tereza Pasin a imagem de Nossa Senhora Aparecida teria sido esculpida por volta do ano de 1600. A autoria da imagem foi atribuída ao frei Agostinho de Jesus, monge de São Paulo conhecido por sua habilidade artística na confecção de imagens sacras. Entre as características da Santa, estão: sua forma sorridente dos lábios, o queixo encravado, as flores em relevo no cabelo, o broche de três pérolas na testa e o porte empinado para trás.

Supõe-se que motivo pelo qual a Santa encontrava-se no fundo do rio Paraíba seja porque durante o período colonial, as imagens sacras costumavam ser jogadas no rio ou então enterradas quando se quebravam. Outra hipótese é de que a imagem pertencia a uma capela no município vizinho, em Roseira, e teria sido carregada por uma enchente.

A devoção a Nossa Senhora Aparecida

A devoção à Mãe Aparecida é genuinamente popular. Ela não se origina em uma aparição mística de Maria, como em Lourdes ou em Fátima, mas do amor e da confiança filial de pobres devotos. Como expressou-se o papa São João Paulo II na sua primeira visita ao Brasil, “os templos materiais aqui erguidos são sempre obra e símbolo da fé do povo brasileiro e do seu amor para com a Santíssima Virgem”. Não se trata de uma demonstração ostentosa de poder; trata-se, antes, de uma resposta ao auxílio perpétuo da Virgem Maria a esta nação.

E é desse testemunho de fidelidade que se pode colher a mensagem de Nossa Senhora ao Brasil. Embora ela não tenha se manifestado por meio de uma visão mística, manifestou-se, porém, nos inúmeros favores que há 300 anos ela concede aos seus filhos brasileiros. Isso exige, por sua vez, uma atitude de conversão e de penitência, como nas outras devoções marianas. Em Fátima ou em Aparecida, o papel da Virgem Maria na Igreja sempre será o de cooperadora na salvação dos homens; ela “nos aponta as vias da Salvação, vias que convergem todas para Cristo, seu Filho, e para a sua obra redentora”.

Desde o início da devoção à Mãe Aparecida, o traço característico mais marcante dos romeiros era a recitação conjunta do rosário. Do mais simples ao mais nobre, todos se curvavam perante a imperatriz do Brasil para rezar piedosamente o Santo Terço. Nas aparições em Lourdes e em Fátima, por sua vez, é justamente a récita diária do Rosário a oração recomendada pela Virgem aos pequenos videntes. Percebe-se, portanto, o quão necessária é essa oração tradicional para a conversão das almas. Nossa Senhora não insistiria tanto neste ponto se não fosse algo de especial importância. Nesta ocasião dos 300 anos, temos de repetir a súplica do papa São João Paulo II: “Quem dera renascesse o belo costume – outrora tão difundido, hoje ainda presente em algumas famílias brasileiras – da reza do terço em família”.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

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