Devoção à Nossa Senhora do Rosário – A origem do Santo Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas (eremitas dos primeiros séculos do cristianismo) usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Por volta do século VIII, Monges irlandeses já recitavam os 150 Salmos. Vale lembrar que, como os leigos não sabiam ler, os monges ensinaram a rezar 150 Pai Nossos, que mais tarde foram substituídos por 150 Ave Marias. Dessa forma, a devoção à Nossa Senhora do Rosário começou a se espalhar pelo mundo.
Em muitas aparições de Maria Santíssima, Ela pede, ensina e reza junto, a oração do Rosário, como em Lourdes, em Fátima e tantas outras.
O Rosário de Nossa Senhora, Rainha do Céu
A palavra Rosário, quer dizer um conjunto de rosas, é um buquê de rosas que se oferece a Nossa Senhora através da oração. Cada Ave Maria recitada é uma rosa que oferecemos à Mãe, com carinho e esperança da nossa salvação. Assim, quando rezamos o Santo Rosário completo, oferecemos um buquê de cento e cinquenta rosas à Virgem Maria, Mãe de Deus.
A devoção de Nossa Senhora do Rosário
A tradição espiritual conta que, no contexto da revelação, São Domingos se preocupava em converter os albigenses, também conhecidos como cátaros (puros), que eram um grupo de hereges de caráter gnóstico e maniqueísta, sendo até mesmo protegida por bispos e nobres da época. Essa doutrina negava a existência de um único Deus, negava a divindade de Jesus, direcionava a salvação através do conhecimento etc., realidades que entravam em choque com o catolicismo. Desse modo, o santo procurava converter os heréticos e enfrentava grande resistência.
Certa vez, procurou retirar-se em uma floresta para rezar e ali recebeu a orientação da Virgem Maria: “Querido Domingos, você sabe de que arma a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? [ … ] a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério” (MONTFORT, 2019, p. 42-43).
A partir dessa situação, São Domingos começou a pregar o Santo Rosário ou como foi dito, em revelação, “Saltério Angélico”. Assim expresso, pois naquela época poucas pessoas eram alfabetizadas e não conheciam a Sagrada Escritura. Por outro lado, os monges costumavam recitar em oração os 150 Salmos, rezando a “liturgia das horas”. Desse modo, os cristãos poderiam imitar a oração e se aproximar dos mistérios de Deus ao recitar 150 Ave-Marias, conhecida como a saudação angélica já que foi dita pelos Anjos e relatava nas Escrituras. Assim, tornou-se o “Saltério Angélico” (Salmos Angélicos).
Em um segundo momento, ao esfriar a devoção do Saltério Angélico, em nova aparição, Nossa Senhora apareceu ao Beato Alano (1428 – 1475) lhe pedindo que reavivasse a prática. Assim ele formou os agrupamentos de 50 Ave-Marias e seus mistérios, conhecidos como: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Ela lhe disse que muitas graças e milagres seriam alcançados por meio desse modo e reafirmou os ditos a São Domingos.
Logo após, houve a batalha de Lepanto (Grécia, junto ao porto de Corinto) comandada por João da Áustria, em 7 de Outubro de 1571. O Papa Pio V procurava conter os avanços dos turcos na Europa e, antes disso, convocou os cristãos para que rezassem o rosário através da Carta Breve Consueverunt (1569). Era uma batalha extremamente importante, pois dela dependia a preservação do cristianismo e da cultura ocidental. Com a vitória adquirida, ele instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário no mesmo dia da batalha, e reconheceu que a vitória veio por meio das orações do Rosário. Sendo este Papa da ordem dos dominicanos, por isso, seguiu a inspiração do fundador.
O Pontífice instituiu a festa, inicialmente chamada de Santa Maria da Vitória. Em 1573, o Papa Gregório XIII tornou a festa mariana obrigatória para a diocese de Roma e para as Confrarias do Santo Rosário, sob o título de Santíssimo Rosário da Bem-aventurada Virgem Maria. Em 1716, o Papa Clemente XI inscreveu a festa no calendário romano, estendendo-se para toda a Igreja. A celebração ocorria em datas diferentes, conforme os costumes locais. O Papa Leão XIII inscreveu a invocação “Rainha do Sacratíssimo Rosário” na Ladainha Lauretana em 10 de dezembro de 1883. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração da festa em 7 de outubro.
Papa João Paulo II, o Papa de Nossa Senhora do Rosário
João Paulo II dedicou todo o seu Pontificado a Maria Santíssima. Ele declarou logo no primeiro dia de seu pontificado: Totus tuus Mariae (Tudo é de Maria). A devoção a Nossa Senhora do Rosário foi amplamente difundida e divulgada. Ele acrescentou, de forma opcional, mais um conjunto de Mistérios ao Rosário – os Mistérios Luminosos – na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae.
A Oração que veio do Céu
O que dá verdade e embasamento ao Santo Rosário, é que nos foi ensinado pelo próprio Jesus, por Maria Santíssima e pelo anjo do Senhor. O Pai Nosso foi ensinado por Jesus quando disse aos apóstolos: quando forem rezar, dizei: Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como do Céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, não nos deixeis cair em tentação, e livrai-nos de todo o mal. Amém.
A oração da Ave Maria, foi nos ensinada pelo Anjo Gabriel, que apareceu a Maria dizendo: Ave Maria Cheia de graça, o Senhor é convosco. Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, como nos diz Lucas, disse a Maria: bendita sóis vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus. E a Igreja completou escrevendo: Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Contemplação dos Mistérios do Rosário
O Santo Rosário é dividido em um conjunto de três mistérios, onde contemplamos os momentos da vida de Jesus e de Maria. Quando se reza um mistério, se reza um terço do Santo Rosário e é em razão disso que o colar de contas comumente utilizado nessa devoção recebe o nome de Terço. Rezar um Santo Terço é o mesmo que rezar um Mistério do Santo Rosário.
Os três conjuntos de Mistérios são:
Mistérios Gozosos nos quais se contemplam a anunciação do Anjo a Maria; a visita de Maria a sua prima Isabel; o nascimento de Jesus em Belém; a apresentação de Jesus no templo; e Jesus perdido e achado no templo entre os doutores da lei.
Mistérios Dolorosos nos quais se contemplam a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras; a flagelação de Jesus; a Coroação de Espinhos; Jesus carrega a Cruz até o Calvário; a Crucificação e morte de Jesus.
Mistérios Gloriosos nos quais se contemplam a Ressurreição de Jesus; a sua Ascensão ao Céu; a vinda do Espírito Santo Sobre os Apóstolos e Maria; a Assunção de Maria ao Céu; a coroação de Maria.
Na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, o Papa João Paulo II inseriu os Mistérios Luminosos, colocando a sua devoção de forma opcional à pratica do Santo Rosário.
Mistérios Luminosos nos quais se contemplam a Vida pública de Jesus: o Batismo no Rio Jordão; o Milagre nas bodas de Caná; a proclamação do Reino do Céu e o convite a Conversão; a Transfiguração de Jesus no Tabor; a Instituição da Eucaristia.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
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